25.7.09

Protocolos sociais (não-)obrigatórios

Convivo diariamente com homossexuais, adoro ver ações como as da Deborah Duprat mandando todos os homofóbicos do MPF e do STF calarem suas ignorâncias e acho bem divertido ver como os intermediários são excluídos daquelas cadeias de fulano pegou fulano que pegou fulano (que também rola no mundo hetero, só que com os intermediários, havendo exceção quando participam bissexuais).

Mas nada, nada, nada é tão legal no mundo homossexual quanto a quebra de protocolos sociais estúpidos que os heteros resolveram inventar. Explico.

O cara conhece a mulher. Chama ela pra sair. Ela tem que fazer algum doce, porque senão ele vai achar que ela é fácil. Ele vai ter que insistir, senão ela vai achar que ele não quer o suficiente. Eles vão, eventualmente, chegar a um acordo e resolverem se encontrar num lugar público. Ela vai escolher uma roupa adequada, que não seja muito beatificante nem que seja muito vadia. Ele vai ter que colocar um blazer por cima da roupa, se quiser causar alguma impressão positiva.

As pessoas da história ainda nem se encontraram, e já estão fazendo pressuposições ABSURDAS sobre o que o outro vai achar, o que o outro vai pensar. E o pior? É que essas regras tendem a se generalizar para mulheres-que-ligam-no-dia-seguinte-querem-se-casar-com-você ou homens-que-não-ligam-no-dia-seguinte-só-querem-se-aproveitar-do-seu-corpo.

Vocês entendem o absurdo? Ainda que ALGUMA MULHER NO UNIVERSO que ligue no dia seguinte queira, de fato, contrair matrimônio, e que o cara que não ligar no dia seguinte queira só a parte sexual do relacionamento a dois, QUEM CACETARALHOS é você, ser do outro sexo, pra dizer que seu/sua parceiro/a quer uma coisa ou outra que é supostamente específica e inerente à sua condição GENÉTICA no par 23?

O que eu quero dizer é que,
se você está com alguém do mesmo sexo, isso vai contribuir direta e drasticamente para que você não fique fazendo teorias malucas acerca do suposto comportamento de gênero do seu parceiro sexual, ditado por qualquer protocolo social que seu meio de convivência possa sugerir. Porque, invariavelmente, qualquer coisa que você deduza e que seja geral, vai resultar em alguma forma de declaração pessoal da sua parte (eu ia falar em confissão, entrega e tal, mas deixa declaração que tá bonito). Dessa forma, é possível presumir menos bobagens e analisar os fatos como o que eles são: fatos.

Em resumo: parem de presumir e tentar adivinhar, seus HETEROS LOUCOS.

24.7.09

Autotrophs began to drool

Sério. O pessoal do bar do lado de casa não sabe que essa música ao vivo é péssima? Na verdade, o bar fica do outro lado da avenida, a uns 300m, mas eu moro no décimo sexto andar e por motivos de leis da física o som magicamente aparenta estar dentro do meu quarto. O que definitivamente não significa melhora alguma no desempenho do infeliz contratado para isso que ele chama de "cantar".

Fora isso, na minha tentativa de me distrair na sexta à noite, tive a não tão brilhante ideia de pintar minhas unhas. O problema é que já são quase meia-noite e eu precisei passar aqueles óleos secantes, o que culminou em um teclado melecado que eu limpo de 3 em 3 segundos com um algodão enquanto tento narrar o fato aqui.

Dando sequência às desgraças, vamos falar do paradoxo de sentimentos de quando um colega vai lamentar sua ausência em um evento social e diz "poxa, que pena que você não foi, só faltou você lá!". Como se, de alguma forma, eu tivesse a remota capacidade de voltar no tempo e estar presente ao evento em que, aparentemente, várias pessoas cuja companhia eu adoraria ter estavam se divertindo - sem mim.

Fora isso, temos meus pais saindo para jantar - sem mim - e perguntando incessantemente se eu já fiz minhas nebulizações diárias; meus hábitos alimentares constituídos praticamente de suco de soja desde o ataque de febre na terça-feira; e minha superinformação acerca de todos os eventos sociais de sexta à noite (inclusive os que eu detestaria ir devido a presença de pessoas desprezíveis), estando eu convidada a comparecer OU NÃO. Quer dizer.

E, se quisermos ir além, é uma sexta-feira à noite e nenhuma das minhas companhias desejadas para o MEU IMAGINÁRIO do que seria minha sexta-feira do dia 24 de julho de 2009 está online. Elas provavelmente estão em algum restaurante, bar, boate, parque, casa de amigos, ou qualquer outro estabelecimento gravemente mais divertido do que meu quarto - com o agravante de estarem todas em São Paulo.

Sem mais, eu vou ver o Season Finale da s02 de The Big Bang Theory. Que é o mais próximo que eu consigo chamar de FELICIDADE no dia de hoje.

22.7.09

Tá tudo bem agora.

Hahaha. Ontem passei o dia delirando nos 40 graus de febre que surgiram DO NADA. Sem gripe, sem dor de garganta, nada. Só febre e sono. Daí a febre baixava e eu acordava encharcada, tomava banho, a febre subia, a febre baixava, eu acordava encharcada... Trocar lençol de cama 3x em 24h.

A merda disso, além da doença ser uma merda em si, é que minha viagem pra SP foi adiada. Mas eu vou, assim que ficar melhor e puder correr atrás das minhas coisas a fazer...

14.7.09

Eu e consumismo

Tipo assim, né querendo tirar onda não, mas ultimamente - férias - eu não tenho saído de casa, pegado ônibus e coincidiu, magicamente, do meu dinheiro render mais e do meu pai resolver me agraciar (fora a passada linda no Freeshop). Some-se a isso o fato de que agora eu sou CNPquista e tenho renda e conta corrente (21.391-4 ag 3494 BB, podem fazer depósitos se quiserem). Ok que minha renda é tipos ridícula prq o CNPq acha que com 300 reais dá pra vc SE MANTER de alguma forma, mas como eu moro com meus pais realmente vai ser possível investir na minha vida ACADÊMICA com esse dinheiro.

Primeira coisa que eu fiz? Comprei um notebook. Netbook, na verdade. Aspire One D250 vermelhinho, pequeno e porátil. Eu, a FDUFMG e o OneNote (sim, MsOffice, happens), vamos nos divertir MUITO semestre que vem. Ficar na faculdade fazendo pesquisa vai ser lindemais.

Como eu vou vender meu Desktop pra pagar parte do notebook, meu pai me presenteou com um monitor LCD 17" AOC. Muito bom, quer dizer, prq ngm merece viver com uma telinha de 10" e aí minha vista agradece.

Meu pai gosta de me dar presentinhos. Como, por exemplo, os body splashes que ele comprou no Duty Free agora quando voltou da Argentine. Vanilla Lace e Love Spell. <3 Pirei nos mimos, né?

Continuando a saga consumismo, nos planos que eu fiz há uns posts, eu disse que queria voltar pra academia DIREITO. Preciso de um tênis novo. Comprarei. Por causa do notebook, preciso de uma mochila nova. E de uma capinha de neoprene. Comprarcomprarcomprar.

Dinheiro pode até num comprar felicidade, mas disfarça a tristeza que é ume beleza!

12.7.09

Quer dizer,

Mas é claro, tão logo o pretérito perfeito entra em cena, lá me vem o pretérito do subjuntivo fazendo barulho e me lembrando de que é bem no suspiro do "e se" que eu vejo que não há o que suspirar, quer dizer, não em primeira pessoa. E é lá verdade que ando monótona e amarga, mas quem poderia me culpar por reivindicar meu luto? Ainda mais quando a morte é desfecho de doença terminal, ou até mais que isso, e eu até diria eutanásia, porque não sou só eu que vejo a incoerência dos pró-vida desejando que os pró-morte morram, quer dizer, não pró-morte, que ninguém é, mas os realistas ou pé no chão ou apenas os pessismistas e que diriam "Eu já sabia, Galvão", e é claro que alguém sempre sabe, a não ser que a morte seja causa de uma doença misteriosa ou que se considere o doente uma espécie de corpo fechado ou pessoa que tudo aguente.

Mas nem existe gente assim, quer dizer, todo mundo morre um dia, toda doença pode afetar todo mundo e os pró-vida vão perder a luta no final, ainda que tudo isso seja uma metáfora para pessoas que se enganam o tempo todo e não acreditam que seriam capazes de fazer isso ou aquilo, e nós, realistas, pessimistas e afins sabemos que não é lá muito verdade, e que não importa a intenção ou o esforço se no final você, bem, morre. Ou faz uma merda muito grande, quer dizer, mata. Kant estava errado, não tem essa de moralidade na intenção, mas ele tava certo lá nos meios dos imperativos categóricos, quer dizer, queria eu ver se alguém fosse assim, ligar os aparelhos, pagar o tratamento médico pra depois sufocar no travesseiro. Não sei porque sufocar no travesseiro me parece uma morte tão trágica, quer dizer, toda morte é trágica em sua medida de tragicidade, já que criança morrendo é bem pior do que qualquer outra coisa, mas o que eu dizia era que sufocar só não deve ser pior do que afogar.

E a gente sufoca em palavra e afoga em mentiras o tempo todo e as pessoas acham que pelo menos não levaram tiros, quer dizer, alguma coisa tá errada, e nós, pessimistas, realistas e afins sabemos que É CLARO que alguma coisa está errada, muita coisa está errada, mas é como se a vida fosse um grande hospital tipo em Grey's Anatomy e no último episódio da 5ª temporada as pessoas insistissem em assinar grandes documentos de não-ressucitar (NRs) e se metessem com doenças irreversíveis e quadros clínicos tão absurdos que nem o mais bem-intencionado dos pró-vidas poderia desejar que a gente consertasse.

E eu nem sou médica, meu deus.

11.7.09

Quote do dia

- Eu não sou assim. Eu não faço isso.
- Você fez.


E que as palavras ecoem tempo suficiente pra gerar arrependimento, que é o sentimento mais escroto que alguém pode sentir. Fits just fine.

7.7.09

A um ilustre futuro

É a segunda porrada que eu dou nesse despertador, 12 minutos atrasada e eu levanto pra lavar o rosto. É engraçado como a gente acorda devagar, primeiro as pernas, depois os olhos pra tentar não bater a cara nas coisas e depois a torneira. Merda de cabeleireiro, eles nunca acertam mesmo. Todos os banheiros têm espelho, mas nem deveriam. Deprime de manhã. Hoje é um dia estranho, sei lá. Cara de quarta, mas já é sábado. Eu gosto de quartas. Todo dia é o mesmo café da manhã, mas eu nem percebo e nem enjôo, eu acordo depois de comer. Seis e quinze, saco. Não vai dar tempo de inventar moda hoje. Roupa, calçados, dentes, mochila, mãe beijo, escadas e cacete, eu sempre esqueço o celular. Depois do trevo eu peço, pai, me dá dinheiro, e ele pergunta, cadê o dinheiro da semana passada?, gastei, lógico. No sinal ele me dá, e eu chego a tempo de pegar o lugar de sempre. Aula é sempre a mesma coisa. Os professores falam, eu anoto, algum me chama pelo apelido, kakau, eu gosto. Vai ter churrasco esses dias, quero ir. Acho que vai ser um saco, não gosto muito de gente da minha idade quando estão no coletivo. Pessoa é melhor no singular. Sempre vai professor, aí é bom. Ficar não é comigo, gosto de companhia, singular. Amor é um troço estranho, a gente chora e ri quando ama. Juntar uma coisa ruim, chorar, com uma coisa boa, rir, e dar amor que é uma coisa ótima. Nunca vi. Deve ser normal, o amor. Nem rir nem chorar, alguma coisa no meio. Amor amor amor. Quatro letras, todo mundo sempre lê mais do que isso. Amar demais. E mede como? Amôrmetro, arrã. Falei isso esses dias não sei com quem. Amor é um troço que se sente, e só. Olhando pras estrelas, pro cachorro, pro namorado, pro exercício de matemática. Se fechar os olhos também dá. Quem beija de olho aberto não gosta de verdade, ele diz. Gostômetro. Eu já amei. Dois ou três, não sei, não medi. Loiro, careca, cabeludo. 1,80 pra cima, eu sou baixinha. Dá pra amar muito, e não ser correspondida. Vai ver é, quantos metros você ama?, eu perguntaria. 1,58. Três mil quilômetros, quinhentos e noventa e depois não passei dos cinqüenta. Deve medir em centímetro então, quanto mais perto, mais amor. Nem é. Bom mesmo é quem conversa com a gente, você gosta de arcade fire?, ele pergunta. Comento do cenário geopolítico mundial, ele abraça, beija, ama, conversa mais. Deve ser como ter um diário pensante, companhia, singular. Igual não, é monótono. Conversa precisa de plural, diferença e ouvidos. Ouvir e falar. Singular com singular dá plural, aí é bom. Gente burra não dá, como assim efeito estufa?, ele pergunta, eu explico. Pretensão, pior. Eu já sabia, ele diz, arrã, eu digo. Alma gêmea nem deve existir, 6 bilhões de pessoas. Se a minha for um chinês eu tou fodida, vários milhares de quilômetros. Um dia acho alguém pra compartilhar meu singular, criar um plural a uns centímetros ouvindo beautiful people com o amôrmetro ao meu favor, eu digo. Você terá um ilustre futuro, ele diz. E sorri.

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Texto escrito dia 09/03/07. E porra nenhuma mudou.

Vou pra SP.

Decidi que vou. Como, eu não sei. Quando, só tenho palpites. O Porquê é que é legal de responder: Ricardo Grish estará lá. Johnny estará lá. Minha prima já deu carta branca pra chegar quando eu quiser. E eu não aguento mais de saudades daquela cidade.

Dessa vez acho que vou pra passar coisa pouca, menos de uma semana (contra as duas que passei lá em janeiro e que foram excelentes porém com tempo hábil para tédio). A ideia é encontrar Mari assim que ela chegar em SP, e passar some quality time com minhas primas recifanas. Ainda que uma delas seja praticamente uma paulista. Ái.

E temos o Minduim, o Cabral, minha tia Laine e o tio Renato, meus primos recém-casados Fê e Vivi e meus primos a casar Pri e Ribas. Estabelecimentos? Falemos de Starbucks, Blue Pub, Yakissoba na Gazeta (totalmente institucionalizado desde sempre), qualquer baladinha que o John queira me levar, qualquer copo sujo que seja a cara do Grish.

Vou passar nas Alamedas perto da Paulista tirando foto dos prédios pra poder imaginar com maior qualidade como será minha vida daqui a uns 6 anos. Mas só viajo depois que o RubyRed chegar. Se você não sacou ainda, falo do netbook.

5.7.09

Férias

Meus planos pra essas férias são muitos, mas nem são complexos.

Música! Um deles é pegar mais músicas pra colocar no meu iPod, de modo organizado. A preguiça (sim, morro de preguiça) é baixar tudo o que eu quero baixar e organizar e tal. E tirar as coisas velhas, porque enquanto eu tiver a discografia de Strokes no iPod eu não vou querer me acostumar - e, portanto, aprender a gostar - de outras coisas. Meu lado conservador dá muito pitaco na minha vida musical.

Viajar? Meus pais já foram, minha irmã tá de passagens compradas pra Recife e eu vou barganhar umas passagens pra São Paulo. Ver Gabi é sempre bom. E Mari vai estar lá também, o que é ainda melhor. São Paulo é uma cidade pra qual eu vou e sempre termino fazendo quase nada por lá. Pijama o dia todo, televisão, e balinhas da Liberdade. Claro, existem os passeios de sempre... Ir à Liberdade, Starbucks, Blue Pub e todo outro qualquer lugar que me renda voltar pra casa de madrugada, andando, passando por aquele corredores de prédios gigantes na Paulista.

Ler. Sério, quero terminar de ler uns livros que estão pendentes. Quero conseguir engatar leituras e fazer disso um hábito que perdure no próximo semestre. Desde que entrei no Direito, só leio livros nas férias. É uma vergonha, eu sei. Mas é que eu deixo de ler a literatura pra ler os manuais jurídicos/estudar, e acabo não lendo nem o que deveria nem o que eu gostaria de ler. Isso tem que mudar.

Exercícios. Fecharam a academia que tinha na Faculdade de Direito. Ou estão em processo de fechamento. Enrolei mais fazendo academia dentro da minha faculdade do que fora dela. Daí vou voltar pra minha academia perto de casa mesmo, e cultivar mais um hábito: correr. Quero aprender a correr porque quero aprender a correr. Claro, é sempre uma desculpa para comprar tênis novos. Viradas de semestre são ótimos momentos para começar coisas.

Aprender a dirigir. Na verdade, esse item tá mais para "aparecer no Detran depois de um ano que eu marquei meu exame médico". Eu sei, nesse momento todos vocês duvidam dessa afirmativa. Metade porque não me conhece e acha um absurdo que eu, nos idos dos meus 20 anos, não sei dirigir. A outra metade porque me conhece e acha que se eu não aprendi por opção até hoje, não vai ser agora que eu vou querer. Mas olha, saber dirigir assim, eu até que meio que sei. No mês que passei em Brasília, meu tio-primo me ensinou. Até pegar o carro na W3 eu peguei. A questão é tirar carteira e querer dirigir. Eu sabia que só ia querer dirigir quando eu sentisse falta do carro. E esse momento chegou. Acho que meus amigos me deixaram mal acostumada com isso de "te busco" e "te levo", e isso somado a um pouco de noção das coisas (e uma conjuntura favorável), já me fizeram sentir falta de carro, esse ano, umas 5 vezes. Inaceitável para alguém que sempre viveu muito bem de ônibus. Além do mais, minha irmã está a menos de 2 anos de fazer 18 anos e quase não vou ser motorista, se tirar carteira agora.


O problema é ter só um mês de férias, uuugh.


2.7.09

Oh Ruby...



I'll totally take your love to town :O
Espero chamar de meu muito em breve ^^