30.4.09

29.4.09

Laranja

Bebia seu suco medindo o tempo da espera, com pouca paciência e muito método. A mesinha na calçada, a plaqueta do café. Ácido seria o momento quando ele chegasse, e ela lhe diria: "eu não o amo mais, adeus".  O fim de tarde coloria seu vestido, contrastando com a sombra que pairava sobre si. Quando o homem da esquina acelerou o passo a seu encontro, o coração acompanhou.  O copo e a coragem chegavam agora à metade. Quando doce ele sorriu, ela hesitou. No último gole, o gosto da laranja era amor.

s2 Ainda do Doppel

28.4.09

Logs de amor <3

gabi. diz:
amei dança do ventre?
Clara Coutinho diz:
jura? :3
gabi. diz:
sim
Clara Coutinho diz:
faz uma gipsy no ragnarok então CARALHO

Sete

Depois da 7ª, nada mais importava. Em pensamento, fazia chover distâncias entre o que vivera e o que desejara. Quem antes fora? As lembranças faziam ferver a vontade de a ver mais uma vez. Dissera o que não devia, fizera o que não queria. Agora, que arcasse com as conseqüências. Imbecil! A chance se foi, o fato se fez: ela não o ama. Não o ama! Em cada segundo que seguisse em sua existência fácil, far-se-ia saber: sete vidas levaram para que houvesse, de fato, um fim. Enforcou-se em setembro. Trovejava. 


Do melhor projeto de escrita que eu já participei. Eu e o Bruno escolhíamos temas (geralmente uma palavra sem significado absoluto), desenvolvíamos em 500 caracteres e trocávamos. O Doppel Projekt durou umas duas dezenas de pares de textos. Deixou saudades. Em mim, pelo menos. 

27.4.09

Folkin' Around

Allow me to exaggerate a memory or two
Where summers lasted longer than, longer than we do
And nothing really mattered except for me to be with you 
But in time we all forgot and we all grew

Your melody sounds as sweet as the first time it was sung 
With a little bit more character for show
And by the time your father's heard of all the wrong you've done 
Then I'm putting out the lantern find your own way back home.

If I'd forgotten how to sing before I'd sung this song 
I'll write it all across the wall before my job is done
And I'll even have the courtesy of admitting I was wrong
As the final words before I'm dead and gone

You've never been so divine in accepting your defeat 
And I've never been more scared to be alone. 
If love is not enough to put my enemies to sleep
Then I'm putting out the lantern find your own way back home


Minha. Música.
Digo mais nada. Só que ela tá no loop enquanto eu morro pra tentar achar um certo NPC em Payon [/Ragnarok].

25.4.09

Máscaras sociais

Dia desses vi um amigo meu de longa data andando com uma menina cujo santo não bate com o meu. Brinquei com ele, disse que ele precisava escolher melhor as companhias, me referindo a mim e a ela, quando ele veio dizer que a menina me achava uma chata, e havia declarado isso a ele naquela ocasião. Isso me surpreendeu. Nenhum problema em ela me achar uma chata, haja vista que por diversas vezes motivo eu dou e que ela também é uma chata.

O problema foi ela ter saído do lugar em que ela estava, uns 15 minutos antes do ocorrido, e ter tido o trabalho de vir me cumprimentar e perguntar como eu estou, como vai a vida, se eu tava gostando da música do lugar, etc. Olha só! No auge da minha supereducação, quando eu encontro alguém que  eu não morro de amores por, mas conheço ainda que só de vista, nada como um sorriso simpático, um alô distante e, em caso de esbarrão, um beijinho no rosto e aquele tapinha nas costas.

Qual a necessidade de ser simpático em excesso com pessoas com as quais nós não gostamos? Masoquismo não me parece uma reposta qualificada. Meu palpite é: queremos ser amados por quem odiamos. Claro, porque é simplesmente INJUSTO que nós percamos tempo da nossa vida criticando, apontando, questionando pessoas que nem sabe que nós existimos... Ou pior: que sabem, mas que não se importam.

23.4.09

A beleza do bom senso

Ainda sobre o pau quebrando no STF, deu no blog do Josias de Souza... 

"(...) Entre os oito presentes, houve reprovação unânime ao comportamento de Joaquim Barbosa.
 
Divergiram, porém, na forma de reagir. Peluso sugeriu uma censura pública a Joaquim. Foi apoiado por Carlos Alberto Menezes Direito.
 
Marco Aurélio Mello, um desafeto de Joaquim, divergiu. Disse que não subscreveria nenhum documento que contivesse censura a um colega.
 
Insinuou que uma reprimenda explícita poderia abrir caminho para um pedido de impeachment contra Joaquim no Senado.
 
Disse de resto que, sentindo-se irremediavelmente ofendido, Gilmar teria a possibilidade de representar judicialmente contra o ofensor.

(...) 

Em vez da censura a Joaquim, optou-se por um texto que prestigiasse o presidente do STF. Coisa curta, subscrita por todos.
 
Os oito reafirmaram “a confiança e o respeito ao senhor ministro Gilmar Mendes”. E lamentaram o ocorrido." 

... sem censurar o Min. JB! (grifos todos meus)

Depois me perguntam porque que eu gosto do Min. Marco Aurélio! Amigos: amigos; confusões político-jurídicas à parte. 

22.4.09

Pau quebrando no STF

Nunca fui com a cara do Joaquim Barbosa, mas dessa vez ele falou o que o Brasil queria falar.



 (Um dia ainda vou usar essa capinha horrosa)


E aí o meu queridissímo Min. Marco Aurélio sugeriu que a sessão fosse encerrada, e o apelou-perdeu-presidente-do-STF marcou coletiva sobre o assunto. Gilmar Mendes rindo de nervoso é o auge do vídeo, falei.

Vi no Nassif.

16.4.09

Dezesseis de abril

Dia ruim pra começar. Mas a gente começa mesmo assim.