Dia desses vi um amigo meu de longa data andando com uma menina cujo santo não bate com o meu. Brinquei com ele, disse que ele precisava escolher melhor as companhias, me referindo a mim e a ela, quando ele veio dizer que a menina me achava uma chata, e havia declarado isso a ele naquela ocasião. Isso me surpreendeu. Nenhum problema em ela me achar uma chata, haja vista que por diversas vezes motivo eu dou e que ela também é uma chata.
O problema foi ela ter saído do lugar em que ela estava, uns 15 minutos antes do ocorrido, e ter tido o trabalho de vir me cumprimentar e perguntar como eu estou, como vai a vida, se eu tava gostando da música do lugar, etc. Olha só! No auge da minha supereducação, quando eu encontro alguém que eu não morro de amores por, mas conheço ainda que só de vista, nada como um sorriso simpático, um alô distante e, em caso de esbarrão, um beijinho no rosto e aquele tapinha nas costas.
Qual a necessidade de ser simpático em excesso com pessoas com as quais nós não gostamos? Masoquismo não me parece uma reposta qualificada. Meu palpite é: queremos ser amados por quem odiamos. Claro, porque é simplesmente INJUSTO que nós percamos tempo da nossa vida criticando, apontando, questionando pessoas que nem sabe que nós existimos... Ou pior: que sabem, mas que não se importam.
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