"(...) Entre os oito presentes, houve reprovação unânime ao comportamento de Joaquim Barbosa.
Divergiram, porém, na forma de reagir. Peluso sugeriu uma censura pública a Joaquim. Foi apoiado por Carlos Alberto Menezes Direito.
Marco Aurélio Mello, um desafeto de Joaquim, divergiu. Disse que não subscreveria nenhum documento que contivesse censura a um colega.
Insinuou que uma reprimenda explícita poderia abrir caminho para um pedido de impeachment contra Joaquim no Senado.
Disse de resto que, sentindo-se irremediavelmente ofendido, Gilmar teria a possibilidade de representar judicialmente contra o ofensor.
(...)
Em vez da censura a Joaquim, optou-se por um texto que prestigiasse o presidente do STF. Coisa curta, subscrita por todos.
Os oito reafirmaram “a confiança e o respeito ao senhor ministro Gilmar Mendes”. E lamentaram o ocorrido."
... sem censurar o Min. JB! (grifos todos meus)
Depois me perguntam porque que eu gosto do Min. Marco Aurélio! Amigos: amigos; confusões político-jurídicas à parte.
Sempre é importante se inteirar dos assuntos que correm a Suprema Corte sem intermédios de mídia. Os processos que lá correm, inclusive o inteiro teor dos acórdãos encontram no sítio digitalizados. É importante, então, que você, como aluna de direito, saiba que tudo tem seus dois lados da moeda. Quem já assistiu uma palestra do Joaquim Barbosa sabe o quanto ele é prepotente, apesar de simpático. Como ele é advindo da Procuradoria da República, ele herdou uma postura de ataque não condizente com um dos valores que deve ter o ministro, a imparcialidade. E quem conhece a história do Gilmar, sabe que, apesar de ter sido o ministro que recebeu o maior número de votos contra na sabatina do senado, ele é um dos responsáveis pelo controle concentrado de constitucionalidade ser algo tão forte aqui no Brasil, por causa dos seus dois trabalhos (mestrado e doutorado) na Alemanha. Ele é totalmente técnico nas suas decisões. Quem será o parcial, no final das contas? Não há resposta certa, cabe a você decidir.
ResponderExcluirQuanto ao Aurélio, o cara tem o dom da oratória, apesar de seus posicionamentos não serem sempre a melhor coisa do fundo. Garantista por demais, acaba esquecendo que o Estado também tem deveres a cumprir.
Até mais ;D