21.5.09

O fenômeno Chuck Bass

Ok. Encaremos os fatos: Eu sou geek, estudante de Direito, viciada em um MMORPG com sprites pixelados, fã do Idelber Avelar, tenho uma atração inexplicável por votos de ministros do STF... Mas olha, não tem como. Chuck Bass é mais do que eu posso aguentar. Vou explicar como aconteceu.

Chuck Bass começa a primeira temporada de Gossip Girl tentando agarrar a Serena como chantagem por ter visto ela com o Nate. Chuck é um babaca completamente mimado pelo poder e pelo dinheiro, com sérios distúrbios sexuais de bônus. O lado mais humano dele grita desesperadamente pela aprovação paterna, refletida única e exclusivamente na concessão de MAIS poder e MAIS dinheiro.

Até que Blair sobe no palco e... bem, assistam aqui.

Sério. A cara do Chuck na hora da dança é de revolução. A sinceridade de toda a cena da limousine se resume num "are you sure?". Daí vem os segredinhos, a amizade do Chuck com o Nate, como ele faz de tudo pra preservar...

Por um momento ele volta a ser um babaca, é verdade. Algumas mini-chantagens, tormentas... Mas daí você começa a sacar qual é a dele, logo quando o Nate descobre. Ele realmente quer a Blair. E todos os joguinhos malucos que se seguem entre os dois, o não-poder-estar-junto. Daí ele nega e diz que não quer ela coisa nenhuma. Arrã, Chuck. Não acreditamos.

Todos os problemas de Chuck revelados: se sente culpado pela morte da mãe no parto, o pai sempre muito frio e distante, ele e Blair no vai-não-vai... De repente, o monstrengo dos primeiros episódios vira um cara de verdade. Ok, extremamente rico e gato demais pra ser real. Mas estamos falando de verossimilhança. E todos os defeitos são reais, justificáveis, e estão sendo combatidos loucamente durante todo o tempo.

Ele pira quando a Blair arruma o namorado da realeza, mas pira DE VERDADE quando o pai morre. De jogar coisas, fumar ópio, fazer barraco em funeral e acusar os outros de assassinato. Mas, logo depois, vemos ele topando que a Lily o adote (ainda que pra foder a vida do seu tio que quer colocar a mão no dinheiro [/clichê]), indo morar na casa dela, falando manso e triste por ter perdido seu pai que tanto admirava.

Nesses episódios dessas duas temporadas vimos Chuck crescer. Tá bom, todo mundo meioquecresceu (menos o imbecil do Dan, a idiota da Vanessa e a songa-monga da Serena), mas o Chuck se revelou. De repente, você sente uma vontade incontrolável de se redimir por todas as coisas feias que você desejou que acontecessem a ele no começo (tipo enforcá-lo no próprio cachecol).

O que é o episódio 2x23, minha gente? Chuck dizendo na cara da Blair que é só um jogo, pra ela virar as costas e ele falar pra Serena que na verdade É AMOR, mas que ele não pode fazer ela feliz então ele vai DEIXAR ELA IR EMBORA?

O que é o episódio 2x24, minha gente? Chuck realiza todos os sonhos de criança de Blair, que ele leu num SCRAPBOOK que ela guarda embaixo da cama, e faz com que ela seja Prom Queen junto com o namoradinho babão (gato! mas babão) que é o Nate?

O que é o episódio 2x25?! Mano, não tenho coragem de TRANSCREVER a cena final, porque né, qualquer coisa que eu escrevesse que não tivesse os olhos do Chuck não seria nem metade grasinha do tanto que foi.

Então, homens do mundo, aprendam uma coisa: Não, nós não gostamos do Chuck (só) porque ele é milionário, lindo e sarcástico de um jeito infinitamente sexy. NOOO. Nós gostamos do Chuck porque ele tem defeitos, porque ele é DE VERDADE (já expliquei meu conceito de 'de verdade'), porque ele não é tipo o Nate, cujo maior problema é o pai que sonegou impostos, fugiu e deixou ele pra trás COM VERGONHA mas com todos os ternos Armani e cabelo penteado.

Queremos um cara que se desequilibre quando a gente conhece um príncipe de verdade, saca? Um cara que tenha timing. Que tente realizar nossos menores anseios (ok que ir pra França comprar meias pra Blair não é tipo 'menores'), que não seja tão cheio de si a ponto de achar que já ganhou o jogo antes de começar a jogar.

Daí é isso. Eu amo o Chuck Bass, porque ele me conquistou.



Obs: Sim, eu sei que ele só existe na TV. E não, não tenho a pretensão de que os homens sejam metade do que é Chuck Bass. Se tiver olhos brilhando, sorriso, timing e sarcasmo, já é Jackpot.

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