28.4.09

Sete

Depois da 7ª, nada mais importava. Em pensamento, fazia chover distâncias entre o que vivera e o que desejara. Quem antes fora? As lembranças faziam ferver a vontade de a ver mais uma vez. Dissera o que não devia, fizera o que não queria. Agora, que arcasse com as conseqüências. Imbecil! A chance se foi, o fato se fez: ela não o ama. Não o ama! Em cada segundo que seguisse em sua existência fácil, far-se-ia saber: sete vidas levaram para que houvesse, de fato, um fim. Enforcou-se em setembro. Trovejava. 


Do melhor projeto de escrita que eu já participei. Eu e o Bruno escolhíamos temas (geralmente uma palavra sem significado absoluto), desenvolvíamos em 500 caracteres e trocávamos. O Doppel Projekt durou umas duas dezenas de pares de textos. Deixou saudades. Em mim, pelo menos. 

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